No dia 29 de novembro o Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável entregou à Presidência da República um abaixo-assinado com 1,5 milhão de assinaturas que pediam o veto às mudanças no Código Florestal.
Três meses depois, e às vésperas da nova votação do projeto na Câmara, a presidente Dilma Rousseff não se manifestou, ignorando o pedido dos brasileiros para salvar as florestas. O manifesto dizia que “o mundo precisa que o Brasil seja um líder internacional em questões ambientais”. “Uma medida firme de parte do governo brasileiro protegerá o planeta para as futuras gerações”, afirmava.
Para Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, o governo aceitou as chantagens da Bancada Ruralista, que quer mudar para pior o Código Florestal, com o agravante de ter usado algumas das questões ambientais como moeda de troca para garantir emendas, apoios parlamentares e nomeações. “E, agora, corremos um sério risco de ver a aprovação de uma legislação ambiental que condena a Mata Atlântica e os manguezais do Brasil”.
Na opinião da SOS Mata Atlântica, uma das questões mais problemáticas é a proposta de anistiar os desmatamentos em propriedades de até 4 módulos fiscais. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 93% dos imóveis na Mata Atlântica têm menos de 4 módulos fiscais. Desta forma, as reservas legais terão sua função ambiental comprometida.
Fonte: Lead Comunicação
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