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26 de agosto de 2010

Documentários revelam diferentes facetas de Fernando de Noronha

Morro Dois Irmãos / Harrysson Barros

O cotidiano e a realidade dos moradores do Arquipélago de Fernando de Noronha (PE) e os mais de cinco séculos de sua história são os temas dos documentários “O Paraíso é Isso!” e “Dossiê Noronha”. Dirigidos pela jornalista Ana Paula Teixeira, eles serão exibidos na ilha no próximo sábado, dia 28 de agosto, no auditório do Centro e Visitantes do Projeto Tamar (Alameda Boldró), das 19h00 às 20h30, e o acesso é gratuito ao público.
O vídeo “O Paraíso é Isso” tem 30 minutos e mostra algumas dificuldades enfrentadas pelos moradores da ilha, inerentes a situação de isolamento, como, por exemplo: a questão da logística, que acaba encarecendo os produtos, e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Outros problemas apontados no documentário são os buracos nas estradas vicinais, a coleta irregular de lixo e as poucas opções de lazer.

“O Paraíso é Isso!” tem trilha sonora produzida por músicos da ilha e inclui, como extra, um making of da equipe. O vídeo foi lançado em maio deste ano, no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza (CE), e, desde então, já foi selecionado para o 1º Festival de Cinema Curta Amazônia, o 20º Cine Ceará - Festival Ibero Americano de Cinema, e para a Mostra de Vídeo Independente, que ocorre durante todo o ano em Porto Alegre (RS).

Já o vídeo “Dossiê Noronha” é um resgate dos mais de cinco séculos que se passaram desde a “descoberta” do Arquipélago por Américo Vespúcio. O documentário tem 20 minutos e inclui depoimentos sobre a ocupação estrangeira em diversos momentos, a implantação do sistema fortificado, os diversos nomes que a ilha já teve e o processo de formação da sociedade, incluindo a participação da mulher e a presença indígena. Historiadores, professores, arqueólogos e moradores contam fatos pitorescos, pesquisas inéditas e relatos e informações ainda não publicados.

Entre os registros documentais disponíveis, destaca-se o período de mais de 200 anos em que Noronha serviu como presídio comum (para assassinos, ladrões, contrabandistas) e político (para integralistas, comunistas e aliancistas). O vídeo mostra ainda o período que sucedeu o presídio político, quando se criou o destacamento misto com três mil pracinhas. Além da guerra, outros momentos históricos importantes, e também revelados no vídeo, foram a implantação do território federal, a reintegração da ilha à Pernambuco e o contexto da criação do Parque Nacional Marinho.

Os filmes terão distribuição em festivais de cinema nacionais e internacionais, emissoras de TV’s públicas, bibliotecas e cineclubes em todo o país, além da imprensa.

Para mais informações, basta acessar o blog http://www.curtamuito.com/

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